Desde que me emancipei sempre vivi em casas alugadas. Não por opção, mas por achar que a vida tinha muita coisa para descobrir e nunca acreditei (e ainda bem) no "american dream" lusitano da casa própria. Desde então fui acumulando episódios burlescos nas minhas relações com alguns vizinhos excêntricos e, não raras vezes, psicopatas.
Esta carta, que vale a pena ler na integra, foi deixada sorrateiramente debaixo da minha porta quando vivi num T1 modesto, de renda simpática, na elegante Rua de São Caetano à Lapa. O prédio, com um toque algo decadente, tinha apenas 3 andares. Eu vivia no 1º andar, por debaixo de um casal de idosos de trato afável que penduravam roupa a secar nas escadas como nos filmes italianos. No r/c vivia o autor desta prosa magnífica.
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