quarta-feira, 7 de julho de 2010

Caetano, Espanha e "chapéus há muitos"

Caetano em Bruxelas é sempre uma incógnita. Como é que um baiano se sentirá a assistir ao Barbeiro de Sevilha em Salvador da Baia? O público de "Chelas" é amorfo por imposição genética. Para minha surpresa, o tropicalísssimo Caetano Veloso deixou entrever o peso da comunidade brasileira na capital belga, o séquito das tribos homosexuais e jovens em plena de puberdade.

Veloso está parecido com Paulo de Carvalho, mas é sempre bom escutá-lo, com ou sem gelo. Em vez de um reportório acústico, o baiano bacana apareceu num registo "electric rock", com direito a músicas de intervenção contra "Guantanamo" e as alteracoes climaticas.No regresso a casa,  vi o golo da Espanha contra a Alemanha (numa esplanada em que duas mulheres chegaram a vias de facto) e muitos, muitos chapéus. Como diria o Vasco Santana "Chapéus há muitos".

Creio que Zapatero irá dizer que a chegada da Espanha à final do campeonato do mundo futebol poderá ter algo de premonitário em relação a retoma económica.

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