Experiências fotográficas, algum schizzo e outras coisas num formato quase sério. Por favor, Madame, tire as patas, Por favor, as patas do seu cão De cima da mesa, que a gerência Agradece (Alexandre O'Neill)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Altolaguirre
Manuel Altolaguirre foi uma figura emblemática da geração de 27, em Espanha. Uma fada ibérica, com coração d'oiro, que conhece a minha paixão por memórias e livros de correspondência, ofereceu-me recentemente "Manuel Altoalaguirre, espistolário 1925-1959, epistolário" , Publicaciones de la Residencia de Estudiantes. É uma daquelas relíquias que apetece guardar num estojo de veludo.
Uma das obras mais representativas da produção de MA foi "Litoral", que ficou conhecido essencialmente como um assíduo colaborador de revistas de poesia. Não sendo um profundo conhecedor da sua obra, creio que a vida que levou foi o seu grande feito poético e é isso que me delicia nesta obra de correspondência. Com a Guerra Civil partiu para o exílio, tendo passado por París, Cuba e México, onde fez incusões muito interessantes pelo mundo cinéfilo. Como guionista, ganhou em 1952 o Premio do melhor argumento no Festival de Cannes e a "Águila de plata" no México, com o filme "Subida al cielo", dirigida pelo seu amigo Luis Buñuel. En 1959 regressou a Espanha para apresentar um filme em San Sebastián. Morreu em Burgos, num a acidente de automóvel. Teve uma vida cheia, a 8 mm. Aqui deixo um dos seus poema mais célebres.
Playa
Las barcas de dos en dos,
como sandalias de viento
puestas a secar al sol.
Yo y mi sombra, ángulo recto.
Yo y mi sombra, libro abierto.
Sobre la arena tendido
como despojo del mar
se encuentra un niño dormido.
Y la estela de su marcha
abierta al igual que un libro.
Y yo, leyendo en los muros
del ángulo de su huida
los imposibles estímulos.
(Las islas inventadas)
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