segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ao Mário Crespo


Caro Mário,
Confesso que nunca morri de amores pelo seu trabalho. Demorei imenso tempo a fazer a catarse da sua reportagem sobre a detenção de Pedro Caldeira. Embora já me tenha recomposto desse episódio longínquo, continuo a contorcer-me no sofá sempre que o vejo a usar e abusar de cortesia para com alguns dos seus convidados. Sobretudo para com aqueles que têm estatuto de senadores da pátria. Nesses momentos de êxtase, constanto que o MC se transcende - quiçá de forma involuntária - e surge no pequeno ecrã um notável criador de metáforas e que retira da gramática adjectivos adormecidos no tempo. Mas caro amigo, sei que você poderia ser, se assim quisesse, o Tim Sebastien lusitano(BBC World News, Hard Talk). A verdade é esta :  na maior parte das vezes o Mário veste a pele de um cordeirinho manso, mais branco do que a própria neve, mas quando quer..... aperta e aperta a sério!
Directo ao assunto. Adorei a forma como reagiu a esta censura dos tempos modernos. Confesso-lhe que não fazia a minima ideia que escrevia no JN, que aliás nunca compro.
Seria bom que muitos jornalistas seguissem o seu exemplo. Não pelo que se anda a dizer em restaurantes alfacinhas (normalmente concentro-me noutras coisas mais interessantes), mas por o quererem amordaçar. O meu amigo já não tem idade nem estatuto para esse tipo de canalhices. Aparentemente a Manuela foi a primeira.... 
Parafraseando Manuel Alegre: "A mim ninguém me cala!".
Um abraço, FN

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